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Tudo o que você precisa saber sobre códigos DTC – OBD2

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No mundo moderno dos automóveis, a eletrônica desempenha um papel fundamental na monitorização e no controle dos sistemas do veículo. À medida que a tecnologia automotiva avança, torna-se crucial compreender e decifrar os “Códigos de Problema de Diagnóstico” (DTC) gerados pelos computadores de bordo dos veículos. Esse sistema, mais conhecido como OBD2 (On-Board Diagnostics 2), não apenas fornece informações vitais para o funcionamento do veículo, mas também permite a detecção e resolução de problemas de maneira mais eficaz.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o universo dos códigos DTC – OBD2. Desde o que são esses códigos até como interpretá-los, abordaremos tudo o que você precisa saber para entender melhor o seu veículo, economizar tempo e dinheiro em reparos e, o mais importante, manter-se seguro nas estradas. Prepare-se para adentrar no mundo da diagnóstica automotiva e dominar os segredos por trás dos códigos DTC – OBD2.

Acesse a lista de códigos de falha OBD2

O que é um código DTC?

DTC significa “Diagnostic Trouble Code” em inglês, que pode ser traduzido como “Código de Problema de Diagnóstico” em português. Um código DTC é um código numérico ou alfanumérico usado em sistemas de diagnóstico automotivo para identificar problemas ou falhas em um veículo. Esses códigos são gerados pelo computador de bordo (ECU – Unidade de Controle Eletrônico) do veículo quando ele detecta um problema no funcionamento de algum componente do sistema.

Os códigos DTC são usados por mecânicos e técnicos para diagnosticar e solucionar problemas em um veículo. Eles podem ser lidos por meio de um scanner de diagnóstico, que se conecta à porta de diagnóstico do veículo. Cada código DTC está associado a um problema específico, como uma falha em um sensor, em um componente do motor, no sistema de emissões ou em outros sistemas do veículo. A leitura e interpretação dos códigos DTC ajudam a identificar a causa do problema e a realizar os reparos necessários.

É importante ressaltar que os códigos DTC variam conforme o fabricante e o modelo do veículo, e existem códigos padrão (OBD-II) que são comuns a todos os veículos produzidos após 1996 nos Estados Unidos e, em muitos casos, em outros países. Portanto, a interpretação dos códigos DTC requer conhecimento específico e, frequentemente, manuais de serviço ou software de diagnóstico automotivo.

Como um código DTC é estruturado?

O primeiro valor do código de falha será sempre uma letra. Dependendo da área do veículo onde a falha está localizada, uma letra diferente aparecerá. As letras que aparecem são as seguintes:

  • P = Powertrain: Os códigos de falha que começam com a letra ‘P’ implicam que a falha vem do trem de força, ou seja, vem da transmissão automática ou do motor.
  • B = Body: Quando o código começa com a letra ‘B’, significa que a falha está na carroceria do veículo.
  • U = Network: Se o código tem um ‘U’ no início, então a falha tem a ver com o sistema de transmissão de dados entre os diferentes módulos que estão localizados no veículo. Isso pode ser perigoso, pois com o mau funcionamento de um módulo, um sistema inteiro pode desaparecer do sistema de diagnóstico. Nesse caso, os demais módulos funcionais lançam esse tipo de falha.
  • C = Chassis: Agora, se for um ‘C’, implica que a falha está localizada no chassi, como airbags, freios, etc.

O segundo valor será sempre um número. Esse valor é o que determinará se o código é universal (ou seja, significa a mesma coisa em qualquer carro; esses códigos são mais fáceis de diagnosticar e reparar) ou se é um código elaborado pelo fabricante.

O número ‘0’ indica que o código é totalmente genérico (universal), enquanto os números 1, 2 e 3 indicam que se trata de um código feito pelo fabricante, embora não elimine o fato de que ele permanece OBD-II (mais adiante explicaremos o que é esse protocolo).
O terceiro valor também será um número. Esse dígito nos dirá com mais precisão de onde vem a falha.

  • 1 = Falha causada por um mau funcionamento de um sensor localizado em algum sistema que controla a relação ar-combustível no motor, ou qualquer outro fator que influencie na falha deste.
  • 2 = Falha localizada em algum lugar do sistema de alimentação, seja nos injetores, na bomba de combustível, etc.
  • 3 = Falha por alguma falha no sistema de ignição do veículo. Pode ser nas bobinas, sensores de detonação, etc.
  • 4 = Falha em algum sistema antipoluição como catalisador, oxigênio aquecido, ar secundário, etc.
  • 5 = Falha no sistema de marchas e velocidades mínimas.
  • 6 = Falha do Módulo de Controle do Motor (ECM) e saídas auxiliares. Pode se referir a uma falha na memória ou processador, bem como seus circuitos de processamento ou outras partes.
  • 7 e 8 = Falha em qualquer parte da transmissão automática ou do sistema de controle de tração nas 4 rodas.

Assim, como um resumo, o código consiste em:

  • Uma letra (P, U, C ou B), que indica de qual sistema a falha está vindo.
  • Um segundo valor (número) que indica que tipo de código é (universal ou feito pelo fabricante).
  • Um terceiro valor (número) que indica de onde especificamente o problema se origina.

O que é o protocolo OBD?

O protocolo OBD é um sistema de diagnóstico a bordo utilizado em carros e caminhões.

O primeiro regulamento OBD que chegou ao mercado foi o OBDI, este era responsável apenas por monitorar alguns componentes nas emissões do veículo. Hoje, essa regulamentação não é muito comum, o protocolo OBDII é muito mais utilizado, sobre o qual falaremos a seguir.

O que é o protocolo OBDII?

O protocolo OBD2, por outro lado, é a regulação mais atualizada do sistema diagnóstico do OBD. O OBDII vai além de apenas monitorar alguns componentes das emissões; É responsável por detectar falhas químicas, elétricas e mecânicas que possam influenciar negativamente as emissões veiculares.. Portanto, este sistema é muito mais complexo do que seu antecessor, proporcionando maior segurança e ecologia.

Imediatamente após o sistema ter detectado uma falha, ele avisa o driver, usando o Luz indicadora de mau funcionamento, ou MIL (Malfunction Indication Lamp), também conhecida como Mecanismo de serviço em breve ou mecanismo de verificação em vários modelos de carros.

Esse protocolo é aquele que utiliza códigos DTC para indicar falhas no sistema.

O que é o protocolo EOBD?

O protocolo EOBD é quase o mesmo que o OBDII, só que funciona para carros europeus (o E no início indica que é um protocolo europeu). Ao contrário do OBD II, ele não controla as emissões do tanque de combustível. No entanto, este protocolo é mais complexo do que o OBD II, uma vez que faz uso de uma espécie de “mapas” em relação às condições atuais do motor. Além disso, os componentes são calibrados automaticamente, adaptando-se facilmente ao sistema. Portanto, o usuário deve usar peças de reposição de alta qualidade, projetadas especificamente para o modelo que ele usa.

Existe outro tipo de protocolo OBD2, o JOBD para carros no Japão.

Como você pode solucionar problemas de um código DTC?

Resolver um código DTC automotivo vai depender muito do Tipo de problema a ser diagnosticado. A substituição de um sensor geralmente é suficiente, pois a maioria das falhas se deve a problemas eletrônicos, especialmente em sensores.

É claro que, caso alguma outra falha no sistema mecânico seja diagnosticada, a solução óbvia é a substituição ou reparo da peça danificada.

Como é preciso conhecimento do significado de cada código para poder repará-lo, aqui no superstatic.org, você poderá encontrar tudo o que precisa saber sobre códigos DTC; seu significado, o que a causa, quais sintomas apresenta e, sobretudo, as possíveis soluções para o problema.


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Sobre Antonio Figo

Antonio Figo é um renomado mecânico com décadas de experiência especializada em diagnóstico automotivo através do sistema OBD2 (On-Board Diagnostics 2). Sua paixão por veículos e sua busca incessante pelo conhecimento o transformaram em um dos principais especialistas em solução de problemas relacionados ao OBD2 na indústria automotiva.

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